Tinha eu os meus 16 anos quando descobri que era hipotensa. E se o meu sistema nervoso também fosse "hipo" estava eu bem da vidinha. Mas não, a minha pessoa tinha que ser uma valente pilha de nervos!

Pois bem, continuando, sentia-me mal... Quer de dia, quer de noite. Ora fizesse desporto, ora estivesse a estudar. Podia acontecer a qualquer momento e sem aviso prévio. 

Fiz exames variados a tudo e mais alguma coisa. Os médicos ditavam: "Coração não é"; "Cabeça não é". E as mãos gelavam, o som calava, o coração acelerava, a cabeça rodava. Heis que: "Só pode ter a ver com a tensão!". E lá puseram a menina numa maca e fizeram-na rodar. Não foi preciso muito para a coisa se confirmar, diga-se. 

Lá me deram medicação (principalmente para ver se não me enervava tanto a cada episódio, calculo), indicaram-me que andasse sempre com um pacotinho de açúcar, ensinaram-me o que fazer quando sentisse uma quebra (deitar e por os pézinhos para cima) e prometeram-me que com a idade isto passava (well... é mais ou menos isso). 

A partir daí foi sempre mais fácil lidar com a situação. Sabendo o que era comecei a controlar mais e conseguia recuperar mais rápido. Hoje em dia é cada vez mais raro ter uma quebra de tensão e não tomo já qualquer medicação.

Mas claro que em mim uma "hipo" só não chegava. Dez anos se passaram e o hipotireoidismo veio bater-me à porta. Quatro exames, espaçados, ao sangue deram o veredicto. 

Trocando por miúdos tenho a tiróide preguiçosa. E segundo o meu pai tal facto faz todo o sentido pois combina comigo. Gostava de refutar mas não posso. 

Fui medicada, por fim (e eu que adoro comprimidos...NOT!). E ainda estou a ver como o meu corpo e a tiróide reagem ao medicamento. "Estes comprimidos geralmente fazem emagrecer, mas a ti espero que dêem apetite!", foram as palavras da médica. Ainda não notei grandes alterações em nada, nem a nível do apetite nem do peso... mas desde que não emagreça, fico bem. 

O meu objectivo desde há algum tempo tem sido chegar aos 50kg. A ver vamos se isto ajuda para a causa, e pode ser que daqui a uns tempos tenha mais novidades sobre o tema.

Inês ao Contrário